Nascida e criada em Chãos rede portuguesa de Economia Solidária.
No dia 17 de outubro de 2015 reuniu na
Cooperativa Terra Chã, na aldeia de Chãos (Alcobertas – Rio Maior), a
Assembleia Geral da Rede Portuguesa de Economia Solidária, registando a
participação de 35 pessoas, quer em nome individual, quer de diversas
organizações.
O processo de formação desta rede de
conhecimento, de processos e de experiências de uma OUTRA ECONOMIA
começou na aldeia de Chãos, no dia 22 de novembro de 2014, com a
realização do seminário “economia social e solidária, um caminho para o
desenvolvimento do local” com a presença de especialistas franceses,
espanhóis e italianos e cerca de 90 participantes de diversas
universidades e institutos politécnicos, cooperativas, associações e
investigadores.
A pertinência do debate levou a que se
equacionasse a formação de uma plataforma portuguesa de economia
solidária com o objectivo de valorizar e tornar visíveis as
experiências e os processos que se reclamam de uma outra economia e de
clarificar e enriquecer o conceito e os conteúdos que dão sentido à
Economia Solidária.
Constituiu-se um grupo de trabalho que
reuniu regularmente, tendo marcado para o dia 8 de agosto de 2015 uma
primeira Assembleia Geral, na aldeia de Chãos. Vinte pessoas
participaram na reunião e decidiram criar a Rede portuguesa de Economia
Solidária, discutindo um Manifesto, com princípios orientadores,
objectivos e propostas de ações, mandatando, ainda, uma Comissão
Coordenadora para a dinamização do processo.
No dia 17 de outubro aconteceu na aldeia
de Chãos a 2ª Assembleia Geral. Rumaram a Chãos 35 pessoas em
representação de cooperativas, associações, universidades, grupos
informais e em nome individual que reclamam uma visão de economia
plural, geradora de produção, de trocas, de consumos, de rendimentos, de
poupança e investimentos onde não podem ser estranhos conceitos e
práticas como a Solidariedade, a Ecologia, a Diversidade Cultural, a
Reflexão Crítica, a Democracia Participativa e o Desenvolvimento Local.
É preciso uma outra economia que respeite a vida, a diversidade, a solidariedade emancipatória não caritativa, que valorize a equidade e a transparência.
Júlio Ricardo, elemento diretivo da Cooperativa Terra Chã e da Comissão Coordenadora da RPES reafirma a “pertinência
de uma economia alternativa que respeite valores, pessoas, a ecologia e
a democracia. A aldeia de Chãos tem desenvolvido um processo de
desenvolvimento local a partir de uma nova abordagem económica onde se
conjuga cultura local, respeito pela natureza, pela biodiversidade e
criação de riqueza local. Este processo tem sido reconhecido, objeto de
estudo e de investigação e resolvemos desencadear este processo de
criação da Rede de Economia Solidária para dar visibilidade e dinamizar
uma profícua cooperação entre pessoas, organizações e instituições.
Tivemos em Chãos três Universidades Portuguesas (ISCTE, Universidade de
Coimbra e Universidade do Porto) e investigadores franceses e catalães e
é tempo de unir esforços e partilhar experiências”.
Na Assembleia Geral do dia 17 de
outubro, apresentaram-se e ratificaram-se os 45 membros fundadores,
definiram-se os critérios de admissão de novos membros e formaram-se
grupos de trabalho com a responsabilidade de pensar a formalização da
rede, estruturar a rede a nível do país e ainda conceber um plano de
atividades.
Júlio Ricardo disse que “se prevê, para 2016, a realização em Chãos de uma
Universidade de Verão de Economia Solidária, tendo como animadores
professores universitários europeus e brasileiros de Economia Solidária,
destinada a estudantes de mestrado, doutoramento, outros investigadores
e estudantes interessados”.
Este processo que se iniciou em Chãos continuou no dia 5 de dezembro, na cidade de Coimbra, com nova assembleia geral.
Excerto de texto publicado na imprensa catalã, referindo a aldeia de Chãos, a propósito da constituição da Rede Portuguesa de Economia Solidária, assinado por um professor da Universidade de Barcelona.
Una
buena noticia recorre la península ibérica. Se ha creado la Red
Portuguesa de la Economía Solidaria (RPES). Hace aproximadamente un año,
en un encuentro celebrado en Chaos, pequeña aldea situada en el centro
de Portugal, Rogerio Roque Amaro, profesor del ICSTE, universidad en la
que desde hace más de diez años existe un doctorado de economía social y
solidaria, lanzó la idea de crear una red de economía solidaria en
Portugal. Después de una primera sorpresa, el reto lanzado fue recogido
por un conjunto de personas y organizaciones que se coordinaron para
materializar dicha idea.
El 8
de Agosto de este verano se llevó a cabo la asamblea fundacional en
Chaos donde desde hace muchos años se desarrolla una de las experiencias
más interesantes de la economía solidaria de nuestro vecino país. En
esta reunión, los miembros fundadores adoptaron diferentes decisiones:
elaborar un manifiesto y un logotipo, crear unos grupos de trabajo,
difundir el proyecto, adoptar unos criterios de entrada, que han sido
discutidas y mejoradas. Una Comisión Coordinadora ha preparado la
asamblea general que ha tenido lugar este 17 de octubre.
Texto: A. J.
Nota: pelo seu interesse e importância publicamos na integra este artigo publicado no Semanário Independente Região de Rio Maior de 11/01/2016. www.regiãoderiomaior.pt
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