quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Rede de Economia Solidária nascida em Chãos

Nascida e criada em Chãos rede portuguesa de Economia Solidária.


Terra Chã na conferência sobre economia solidária em Portugal.
Terra Chã na conferência sobre economia solidária em Portugal.
No dia 17 de outubro de 2015 reuniu na Cooperativa Terra Chã, na aldeia de Chãos (Alcobertas – Rio Maior), a Assembleia Geral da Rede Portuguesa de Economia Solidária, registando a participação de 35 pessoas, quer em nome individual, quer de diversas organizações.
O processo de formação desta rede de conhecimento, de processos e de experiências de uma OUTRA ECONOMIA começou na aldeia de Chãos, no dia 22 de novembro de 2014, com a realização do seminário “economia social e solidária, um caminho para o desenvolvimento do local” com a presença de especialistas franceses, espanhóis e italianos e cerca de 90 participantes de diversas universidades e institutos politécnicos, cooperativas, associações e investigadores.
A pertinência do debate levou a que se equacionasse a formação de uma plataforma portuguesa de economia solidária com o objectivo de valorizar e tornar visíveis as experiências  e os processos que se reclamam de uma outra economia e de clarificar e enriquecer o conceito e os conteúdos que dão sentido à Economia Solidária.
Constituiu-se um grupo de trabalho que reuniu regularmente, tendo marcado para o dia 8 de agosto de 2015 uma primeira Assembleia Geral, na aldeia de Chãos. Vinte pessoas participaram na reunião e decidiram criar a Rede portuguesa de Economia Solidária, discutindo um Manifesto, com princípios orientadores, objectivos e propostas de ações, mandatando, ainda, uma Comissão Coordenadora para a dinamização do processo.
No dia 17 de outubro aconteceu na aldeia de Chãos a 2ª Assembleia Geral. Rumaram a Chãos 35 pessoas em representação de cooperativas, associações, universidades, grupos informais e em nome individual que reclamam uma visão de economia plural, geradora de produção, de trocas, de consumos, de rendimentos, de poupança e investimentos onde não podem ser estranhos conceitos e práticas como a Solidariedade, a Ecologia, a Diversidade Cultural, a Reflexão Crítica, a Democracia Participativa e o Desenvolvimento Local.

É preciso uma outra economia que respeite a vida, a diversidade, a solidariedade emancipatória não caritativa, que valorize a equidade e a transparência.

Júlio Ricardo, elemento diretivo da Cooperativa Terra Chã e da Comissão Coordenadora da RPES reafirma a “pertinência de uma economia alternativa que respeite valores, pessoas, a ecologia e a democracia. A aldeia de Chãos tem desenvolvido um processo de desenvolvimento local a partir de uma nova abordagem económica onde se conjuga cultura local, respeito pela natureza, pela biodiversidade e criação de riqueza local. Este processo tem sido reconhecido, objeto de estudo e de investigação e resolvemos desencadear este processo de criação da Rede de Economia Solidária para dar visibilidade e dinamizar uma profícua cooperação entre pessoas, organizações e instituições. Tivemos em Chãos três Universidades Portuguesas (ISCTE, Universidade de Coimbra e Universidade do Porto) e investigadores franceses e catalães e é tempo de unir esforços e partilhar experiências”.
Na Assembleia Geral do dia 17 de outubro, apresentaram-se e ratificaram-se os 45 membros fundadores, definiram-se os critérios de admissão de novos membros e formaram-se grupos de trabalho com a responsabilidade de pensar a formalização da rede, estruturar a rede a nível do país e ainda conceber um plano de atividades.
Júlio Ricardo disse que “se prevê, para 2016, a realização em Chãos de uma Universidade de Verão de Economia Solidária, tendo como animadores professores universitários europeus e brasileiros de Economia Solidária, destinada a estudantes de mestrado, doutoramento, outros investigadores e estudantes interessados”.
Este processo que se iniciou em Chãos continuou no dia 5 de dezembro, na cidade de Coimbra, com nova assembleia geral.

Excerto de texto publicado na imprensa catalã, referindo a aldeia de Chãos, a propósito da constituição da Rede Portuguesa de Economia Solidária, assinado por um professor da Universidade de Barcelona.

Una buena noticia recorre la península ibérica. Se ha creado la Red Portuguesa de la Economía Solidaria (RPES). Hace aproximadamente un año, en un encuentro celebrado en Chaos, pequeña aldea situada en el centro de Portugal, Rogerio Roque Amaro, profesor del ICSTE, universidad en la que desde hace más de diez años existe un doctorado de economía social y solidaria, lanzó la idea de  crear una red de economía solidaria en Portugal. Después de una primera sorpresa, el reto lanzado fue recogido por un conjunto de personas y organizaciones que se coordinaron para materializar dicha idea.
El 8 de Agosto de este verano se llevó a cabo la asamblea fundacional en Chaos donde desde hace muchos años se desarrolla una de las experiencias más interesantes de la economía solidaria de nuestro vecino país. En esta reunión, los miembros fundadores adoptaron diferentes decisiones: elaborar un manifiesto y un logotipo, crear unos grupos de trabajo, difundir el proyecto, adoptar unos criterios de entrada, que han sido discutidas y mejoradas. Una Comisión Coordinadora  ha preparado la asamblea general que ha tenido lugar este 17 de octubre.
Texto: A. J.

Nota: pelo seu interesse e importância publicamos na integra este artigo publicado no Semanário Independente Região de Rio Maior de 11/01/2016. www.regiãoderiomaior.pt

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