segunda-feira, 8 de julho de 2013

Petição sobre a falta de médicos em Rio Maior discutida na Assembleia da República

por Daniel Carvalho

No passado dia 4 de julho, o Projecto de Cidadania reuniu-se na Assembleia da República com a Comissão de Saúde num debate sobre a petição que denuncia a “falta de médicos no Centro de Saúde de Rio Maior” realizada pelos mesmos. Representando o movimento, os jovens Joana Leonardo - 1ª peticionária do documento -, Bruna Vicente, Rodrigo Gonçalves e Daniel Carvalho foram recebidos pela presença e contributo dos deputados André Figueiredo (PS), Margarida Neto (CDS) e Helena Pinto (BE) que debateram este problema que afecta tantos riomaiorenses.

A má gestão do Centro de Saúde de Rio Maior e a falta de médicos foram os principais temas que englobaram a visita do movimento ao Parlamento, grupo que tem vindo a mostrar a sua preocupação, desde o início, quanto ao “acesso à saúde por parte dos nossos cidadãos”. Segundo a petição existem actualmente “7 mil utentes sem médico de família”, situação já reconhecida pelo gabinete do Ministro da Saúde e também pela Câmara Municipal de Rio Maior, segundo o movimento. São “7 mil pessoas privadas de um acompanhamento médico (…) continuado. Pois são sempre atendidas por profissionais diferentes”; e como se não bastasse, “Não podem marcar consultas com antecedência, (…) têm de se deslocar ao Centro de Saúde para ficar à espera de ter vez nas consultas de recurso, às quais frequentemente nem sequer conseguem aceder”; pior se torna esta situação quando os utentes com médico de família têm de esperar largos meses para serem atendidos; quando a existência de médicos especializados é insuficiente e está em decréscimo: “há médicos que se reformaram e outros que foram deslocados”; “e as horas de atendimento reduziram nos últimos anos”; quando a divisão deste monopólio de saúde em Rio Maior, entre a USF – Unidade de Saúde Familiar - e a UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados -, impossibilita um atendimento minimamente responsável e que resolva os problemas dos utentes; e, adicionando, quando a difícil acessibilidade ao Centro de Saúde, visto que se encontra descentralizado da cidade, afecta a vida da população, especialmente a mais idosa.
 
Saúdo-vos por esta petição, (…) parece-nos uma situação preocupante e que se espalha ao longo do país”, foram algumas das palavras de Helena Pinto, que, juntamente com o seu partido, tem vindo a mostrar uma preocupação verosímil à do movimento quanto à saúde: é favor relembrar que a deputada fez, semanas antes, uma questão ao governo sobre esta mesma situação, que, infelizmente, “vem-se arrastando ao longo dos anos”. Neste encontro foram concretizados exemplos pessoais dos peticionários para explicar a problemática administrativa do Centro de Saúde, peticionários estes que têm vindo a ser afectados por esta situação: um dos membros do Projecto de Cidadania afirma ter tido um problema de saúde há alguns anos que ganhou ainda mais obstáculos devido à burocracia e à má gerência daquele núcleo em Rio Maior: em cada visita ao Centro de Saúde era atendido por ordem de chegada, o que lhe fazia perder todo o dia à espera de uma consulta, e quando precisava de fazer exames o doutor passava-lhe os errados (!), esta questão piora quando o próprio afirma: “desde 2010 que não tenho médico de família!”; o mesmo problema é partilhado por outro jovem do movimento, que não tendo médico de família, tem membros do seu seio familiar que já tiveram de viajar para cidades vizinhas para uma simples consulta; em jeito final, outro peticionário afirma ainda que anda “com o mesmo problema há um ano” e que este piora devido à “má administração dos poucos médicos existentes”. Trata-se de uma situação que piora para além dos alarmes invocados.

Questionando o grupo sobre esta matéria e atentando nos problemas administrativos - que têm urgência de ser solucionados – os deputados ouviram quatro jovens que têm sede de mudança e que zelam pela saúde de todos os membros do concelho, dos mais jovens aos mais velhos, visto que, como mostra a Constituição da República Portuguesa, “todos têm direito à protecção da saúde” e esta meta ainda não se concretizou em Rio Maior. O Projecto de Cidadania mostrou-se agradecido pela rapidez e acessibilidade com que foram recebidos, sendo este o esforço que faz com que esta questão chegue ao Ministro da Saúde e que seja o mais rapidamente ponderado e resolvido, “para eventual medida legislativa ou administrativa”.

Ribatejo:
"Falta de médicos em Rio Maior sobe à Comissão Parlamentar de Saúde"

Tinta Fresca:
"Comissão Parlamentar promove audição sobre falta de médicos em Rio Maior"

Rede Regional:
"Falta de médicos em Rio Maior discutida no Parlamento"

Rádio Cister:
"Audição parlamentar sobre falta de médicos em Rio Maior"

Notícias do Ribatejo:
"Audição parlamentar sobre falta de médicos em Rio Maior"

Portal Rio Maior:
"Petição sobre a falta de médicos em Rio Maior discutida na Assembleia da República"

 

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