quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PSD e CDS querem cobrar em 2012 mais 800 mil euros aos riomaiorenses, pelos serviços de recolha de esgotos e de lixo!

Foi uma das razões porque a bancada do Projecto de Cidadania/Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Rio Maior votou contra a proposta de orçamento municipal para 2012. O PS desta vez também votou contra. A CDU absteve-se.

Leia aqui a intervenção da deputada Carla Rodrigues:

"Nesta discussão do orçamento iniciamos por nos congratular com a inclusão no mesmo de obras que temos vindo a defender ao longo do tempo. Falamos do saneamento em Casais Monizes e do abastecimento de água na Marmeleira.

Este orçamento, mereceu a nossa maior atenção, logo desde as primeiras páginas. Assim, verificamos a partir da página 6, esta proposta de orçamento enquadra a situação em termos conjunturais, no mundo, no país e nos municípios de uma maneira geral. Esperava-se, por uma questão de lógica, e em termos de enquadramento na conjuntura, que se desse um panorama de Rio Maior no seio desta conjuntura. Mas, acerca de Rio Maior, nem uma palavra.

No texto de introdução ao orçamento, assinado pela srª Presidente da Câmara é referido que “é nas autarquias que se iniciam e terminam os problemas das populações”. Não podemos deixar de concordar. No entanto não vislumbramos uma palavra de defesa do município relativamente à razia provocada pelas políticas do governo PSD / CDS. Conseguimos, no entanto, verificar que os eventuais problemas das populações são ultrapassados por outros mais prementes, senão, não veríamos cortes da ordem dos 18% para as freguesias (pagina 40) e cortes de apenas 2% para a Desmor, para dar apenas um exemplo.

No texto introdutório podemos ainda ler que é nas autarquias que “se cumprem as funções sociais mais básicas”, sendo estas “ nos tempos de aperto, que contribuem para o equilíbrio social, para a continuidade do tecido associativo e da participação da sociedade civil”.

Perguntamos se a “continuidade do tecido associativo “referida no já citado texto introdutório está patente numa postura avessa à colaboração com algumas associações do concelho como a EICEL, por exemplo.

O que nos leva à pagina 63 do orçamento para lhe perguntar que tipo de obra vai ser realizada com 300 euros no Complexo Mineiro do Espadanal depois de se terem gasto 15 000 euros num estudo/ projecto, até agora inútil, acerca da mesma?

 Perguntamos ainda se “a participação da sociedade cívil” referida no mesmo texto introdutório se refere à recusa de contemplar em orçamento a implementação de um orçamento participativo, verdadeira forma de participação da sociedade civil, porque apoiada na manifestação e resolução de dificuldades por quem as sente.

Perguntamos ainda se a Câmara pretende contribuir para o equilíbrio social, cobrando aos munícipes mais 800 000 € do que no ano anterior, em saneamento e resíduos sólidos (páginas 27 e 30), e apresentando uma política de contas assente basicamente na redução de despesas com o pessoal (página 20)."

11 comentários:

  1. Era uma vez um movimento de cidadania que vivia num planeta muito distante do sol , não realizando assim a necessária fotossintese . Nesse planeta habitava já a algum tempo um bloco ( esquerda)em que juntos e privados do astro rei ,mais não faziam ou sabiam do que dizer que tudo esta mal , que todos são incompetentes , que todos devem participar e opinar sobre a vida política ,social e económica desde que tenham a mesma opinião que eles. Neste planeta distante em que a retórica abundava só não haviam ideias e argumentos concretos de como governar as cidades do nosso planeta...upssss ...havia uma!!! Vamos classificar e valorizar uma mina histórica e assim assegurar emprego ,salários e solidariedade social a população das cidades...
    Pobre planeta distante que de tão frio e demagógico se transformara num buraco negro .

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  2. Era uma vez um anónimo que não assumia o que dizia, nem se dava ao trabalho de conhecer as propostas dos outros. Refugiado assim no seu anonimato, enveredava pela crítica fácil de que os outros "só dizem mal" e "não têm ideias" sobre como governar uma cidade. E era tão fácil conhecer as ideias... Bastaria ter clicado ao lado onde diz "programa eleitoral" ou ter estado atento. A relação difícil com a crítica política disfarçava-a com a acusação de que os outros querem todos participem apenas e só se partilharem das suas ideias. De onde tirou este anónimo semelhante ideia? Não explica.
    Mas embalado pela crítica de quem critica quem critica esqueceu a coerência: então se eles não têm ideias como é que só querem que participe quem tem ideias semelhantes a eles?
    Mistério...

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  3. Assisti á Assembleia Municipal e julgo ter entendido a explicação que foi dada quanto ao valor da saneamento e recolha dos residuos, entendi: o valor que existe a mais em relação ao ano anterior devia-se ao facto de a camara ser obrigada a incluir no orçamento de 2012 o que estava em divida do ano anterior, ou seja de 2011. Havendo também um aumento de área de recolha como por exemplo do parque de negócios e outras urbanizações, foi o que entendi. Quanto á redução com pessoal, não me parece que vá acontecer despedimentos, mas sim aposentações por idade dos trabalhadores. Eu ouvi estas explicações e não sou deputado municipal, julgo que tem de passar a existir mais calma para BEM DO INTERESSE PUBLICO, é para isso que existe o orgão deliberativo.

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  4. Mistério será o motivo que leva estes movimentos de cidadania a terem o mesmo tipo da intervenção do norte a Sul de este a oeste de Portugal .... Upsss... Menos em rio maior onde se debate intensivamente e exaustivamente a problemática do valor histórico e patrimonial da mina .

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  5. Comentário inteligente cheio de bom censo e equilibrado , parabéns.

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  6. E se em vez da demagogia apresentada pelo tal movimento de cidadania se trabalhasse em prol de Rio Maior e dos Riomaiorenses??!!

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  7. E se em vez da demogagia fácil se dissesse o que se entende por "trabalhar em prol de Rio Maior e dos Riomaiorenses?":P
    É que uma crítica assim é fácil e vazia e o "tal movimento de cidadania" acha que o que faz é em prol e Rio Maior.
    Façam então favor de dizerem o que é ou não "em prol de Rio Maior". Porque é assim que se discute em política. E vamos talvez chegar à conclusão que temos umas ideias em comum e outras não sobre isso...

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  8. Falemos então concretamente em prol de rio maior: qual o objectivo de nos últimos dois meses , não se ter falado noutras temáticas para além de eicel (mina) e parqueamento na cidade?
    Todos sabemos que a mina faz parte da história da cidade mas será que e uma prioridade para os próximos cinco anos?
    Será justo reclamar -mos sobre pagamento de estacionamento na cidade quando somos os primeiros a fazê-lo noutras cidades vizinhas (Santarém, cartaxo,Caldas , etc) e quando andamos a pagar a longo prazo a construção de parques de estacionamento

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  9. Lamento que estes movimentos não tivessem aparecido à uns anos atrás quando a camara tinha dinheiro ás pazadas e ai preservar a mina ao mesmo tempo que se faziam campos e pistas para o desporto. Quem sabe ... uma pista de atletismo em volta da chaminé???

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  10. Pensa então o/a senhor/a anónimo que defender o património mineiro não é trabalhar em prol de Rio Maior? Não é uma prioridade para os próximos cinco anos (porquê os próximos cinco anos e não outro prazo pergunto-me...)? Será uma prioridade quando? Quando estiver tão deteriorado que já não se possa reabilitar?
    Percebe-se porque é que quem o escreve não assina as mensagens. Seria muito díficil dizer defender Rio Maior e depois não valorizar o seu património.
    “Só se fala disso?” Se quem escreveu isto se tivesse dado ao trabalho de ler o que comentou teria reparado que aí se fala de:
    aumentos nos serviços de esgotos e lixo;
    saneamento em Casais Monizes;
    água na vila da Marmeleira;
    desigualdade nos cortes orçamentais: 18% de corte de verbas para as Juntas de Freguesia e apenas 2% para a Desmor;
    orçamento participativo.
    Afinal numa só mensagem fala-se de muito mais. Na anterior, por exemplo, falava-se de desemprego. Um pouco mais de rigor no que se escreve não ficava mal a quem crítica, ainda que protegido pelo anonimato.
    Peço então o favor de assinarem as mensagens.

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  11. Concordar ou não com o Projecto de Cidadania é um direito que qualquer pessoa tem.
    Esconder-se atrás do anonimato para defender as suas opiniões é cobardia. Torna mais fácil hoje dizer uma coisa e amanhã outra completamente diferente, sem se comprometer.
    Desta conversa anónima, fica somente a ideia de que se fala com alguém incapaz de defender e assumir as suas posições.
    O Projecto de Cidadania tem essa coragem de levar a público e defender sem a capa do anonimato as suas opiniões e posições.
    Desagradam a muita gente. Sabemos.
    Preferiam que não as assumíssemos. Também sabemos.
    Incomodamos? Parece que sim.

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