terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Projecto de Cidadania entrou na Assembleia Municipal de Rio Maior!



Carla Rodrigues, eleita do Projecto de Cidadania apoiado pelo Bloco de Esquerda, tomou posse como deputada na Assembleia Municipal de Rio Maior

Proferiu na ocasião, as seguintes palavras:

"Foi lema do projecto de cidadania apoiado pelo Bloco de Esquerda, pelo qual fui eleita, dar a vez e a voz aos cidadãos.
Esse continua a ser o nosso principal objectivo: ouvir, identificar problemas, construir soluções. Envolver os cidadãos na governação do nosso território. É certo que fomos eleitos, que representamos, mas é urgente passar de uma democracia representativa para uma democracia participada
Quem melhor do que quem vive no Concelho de Rio Maior para falar dele, para transmitir a quem escolheu para o representar as suas preocupações.
Pretendemos, por isso, responder e concretizar as expectativas e aos anseios dos cidadãos, ouvindo.
Esta é para o projecto de cidadania, a melhor forma de poder contribuir para a criação de um concelho que se desenvolva de forma integrada, que aposte em novas valências, que trilhe novos caminhos para a inovação, que crie oportunidades para os mais jovens, que respeite os mais idosos e que trate com dignidade em vez de caridade os mais necessitados.
Queremos contribuir para a criação de um concelho que se desenvolva.
Pretendemos fazê-lo ouvindo e fazendo participar.
Dando voz ao cidadão. Criando a sua vez numa comunidade participada e participativa.
É nessa perspectiva que pretendemos, antes de mais, pedir aos munícipes que sejam exigentes com os órgãos públicos, que se tornem conscientes de que a sua participação é fundamental para o seu bom funcionamento.
Nessa mesma perspectiva, pretendemos afirmar que exigiremos do novo executivo camarário a concretização das propostas que apresentamos, uma vez que vão de encontro aos anseios das populações
Assim, queremos, ainda na perspectiva de dar a vez e a voz aos cidadãos, recordar que uma das prioridades das nossas propostas se encontra na definição dos períodos de intervenção do público nesta assembleia.
Na nossa perspectiva, uma das falhas desta assembleia e que trava a participação dos cidadãos é o facto de só ser dada voz ao público nos finais das reuniões, pelo que queremos que o público tenha voz no início destas assembleias, no período antes da ordem do dia e ainda que possa voltar a fazer-se ouvir no final deste período.
Também a descentralização das assembleias municipais, poderá funcionar como um factor de mobilização e participação dos cidadãos em torno das questões do concelho, favorecendo a cidadania.
Porque acreditamos que a participação e o exercício da cidadania, são armas eficazes contra a corrupção, o clientelismo e o tráfico de influências e que só participando se consegue fazer a diferença.
Esta declaração de exigências, não deve, no entanto, ser confundida como rigidez.
Queremos afirmar aqui a nossa disponibilidade para analisar e viabilizar propostas que ajudem a construir uma nova estratégia para o Concelho de Rio Maior.
Pretendemos ser uma oposição construtiva, apoiando iniciativas justas, na defesa dos interesses públicos, tendo por base uma politica transparente e uma governação autárquica que envolva o cidadão.
Pretendemos, por outro lado, ser uma oposição que não se cala perante as injustiças, que acredita ser possível uma nova relação entre os cidadãos e o governo autárquico, em que os interesses do cidadão estejam sempre acima dos interesses partidários.
Pretendemos, por fim, exigir a concretização de promessas feitas ao longo do acto eleitoral, porque acreditamos que só cumprindo essas promessas se poderá prestigiar a actividade do novo executivo, a quem desde já, pedimos que elabore quanto antes um documento orientador da acção da Câmara Municipal, que, por não ter sido até agora elaborado, apenas nos deixa com uma série de propostas / promessas sem fio condutor.
Não entendemos a politica como um jogo de poderes.
Por tal facto, voltamos a referir: votaremos a favor quando as propostas servirem a população, votaremos contra quando os interesses das pessoas estiverem em causa.
É, nesse sentido que, sentimos, também, como nossa obrigação, questionar e fiscalizar a actuação do partido no poder.
E, porque este pretende ser um discurso breve, terminaremos dizendo que o futuro se constrói com as pessoas, pois são elas que fazem a diferença e que o poder, ao nível autárquico ou a qualquer outro nível, só tem sentido quando exercido em função dos anseios, das aspirações e dos sonhos de quem delegou essa responsabilidade sendo o papel da politica concretizar essa esperança só podendo a sua avaliação ser feita na medida da satisfação desse objectivo."

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