quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Projecto de Cidadania " dar a vez e a voz aos Cidadãos" convida os nossos concidadãos a fazerem-se ouvir e exigirem, às autoridades competentes, a despoluição do rio Tejo e seus afluentes, participando nas manifestações, promovidas pela Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo de Portugal e Espanha, que se realizam no dia 26 de Setembro de 2015, pelas 15.00 horas.

Pela despoluição do Tejo e do rio Maior, a concentração está marcada para a ponte da Asseca - Vale de Santarém, por baixo passa o rio MAIOR, já MORIBUNDO, vamos permitir que o MATEM?

Como todos nós sabemos o rio Tejo e todos os seus afluentes, inclusive o rio Maior, têm vindo a sofrer uma sistemática e crescente vaga de poluição que atenta contra toda a espécie de vida, inclusive a humana.

As fontes poluidores tem as mais e diversificadas origens, tanto em Portugal como em Espanha, desde os fertilizantes e os herbicidas utilizados na agricultura intensiva, passando pela: eutrofização produzida pela estagnação das águas nas barragens da Estremadura; descarga de águas residuais urbanas; das indústrias; das suiniculturas; e, outras descargas de efluentes sem o tratamento adequado, até à contaminação radiológica com origem na Central Nuclear de Almaraz, com total desrespeito pelas leis em vigor.

E, perante estes contínuos atropelos e sistemática violação das leis em vigor, as autoridades competentes descartam-se, mesmo quando são informadas pelas organizações ecologistas, cívicas e cidadãos, quer directa ou indirectamente através dos órgãos de informação locais, regionais, nacionais e redes sociais, como por exemplo, as que foram reportadas pelas organizações ecologistas e cívicas locais e vários cidadãos, identificando as fontes poluidoras e, nalguns casos, apesar das autoridades fiscalizadoras terem feito o que lhes competia, como não podia deixar de ser, não houve as consequências adequadas e necessárias, noutros, nem aquelas actuaram e os poluidores mantém as suas acções destruidoras dos ecossistemas aquáticos e na vida dos cidadãos, já que tem repercussões na própria cadeia alimentar.

Segundo as organizações que promovem estas iniciativas, entre outras questões, avançam com algumas das que consideram fundamentais, passamos a trascrever:


"A gravidade desta poluição das águas do rio Tejo acentua-se devido aos caudais cada vez mais reduzidos que afluem de Espanha, diminuindo a capacidade de depuração natural do rio Tejo.

Esta catastrófica situação do rio Tejo e seus afluentes tem graves implicações na qualidade das águas para as regas dos campos, para a pesca, para a saúde das pessoas e impede o aproveitamento do potencial da região ribeirinha para práticas de lazer, de turismo fluvial e desportos náuticos, respeitando a natureza e a saúde ambiental da bacia hidrográfica do Tejo.
Nunca o rio Tejo e seus afluentes registaram tão elevado grau de poluição, de abandono e falta de respeito, por parte de uma minoria que tudo destrói, perante a complacência das autoridades.
Não estão em causa, de modo nenhum, as atividades realizadas por empresas e outras organizações na bacia hidrográfica do Tejo, o que se saúda e deseja, porém tal deve ocorrer de acordo com as práticas adequadas à salvaguarda do bem comum que o rio Tejo e seus afluentes constituem para os seus ecossistemas aquáticos e para as populações ribeirinhas.

Esta MANIFESTAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO DO RIO TEJO E SEUS
AFLUENTES tem como finalidade reivindicar junto do Governo e da Agência
Portuguesa do Ambiente o seguinte:
1º. O cumprimento da Diretiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom
estado ecológico das águas do Tejo;
2º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ecológicos,
diários, semanais e mensais, refletidos nos Planos da Bacia Hidrológica do
Tejo, em Espanha e em Portugal, e na Convenção de Albufeira;
3º. A ação rigorosa e consequente da fiscalização ambiental contra a poluição,
crescente e contínua, que cada vez mais devasta o rio Tejo e os seus
afluentes;
4º. A intervenção junto do governo espanhol com vista ao encerramento da
Central Nuclear de Almaraz, eliminando a contaminação radiológica do rio
Tejo e o risco de acidente nuclear;
5º. A realização de ações para restaurar o sistema fluvial natural e o seu
ambiente, nomeadamente, a reposição da conectividade fluvial."


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