domingo, 10 de abril de 2011

Abastecimento de água na Marmeleira

O problema do abastecimento de água na freguesia da Marmeleira, Concelho de Rio Maior, já se arrasta há vários anos e tem afectado quer o caudal quer a qualidade da água que é servida aos moradores. O sistema de distribuição é extremamente antigo e constituído por condutas de 50mm de Fibro-Cimento (um material que contem amianto).
Os utentes têm-se queixado, não apenas de um caudal manifestamente insuficiente, mas também de um intenso cheiro a cloro. A gravidade destes problemas varia fortemente conforme a localização dos utentes dentro da freguesia. No entanto, as análises levadas a cabo pela Unidade de Saúde Pública não apuraram irregularidades.
Acresce que as quantidades de água que são pagas à empresa Águas do Oeste e as que são efectivamente cobradas apresentam diferenças gritantes, que apontam para fugas ou desvios na rede e oneram fortemente a despesa da autarquia com o abastecimento da freguesia.
José Gusmão, deputado do Bloco de Esquerda, questionou os ministérios do Ambiente e da Saúde sobre esta situação.
Já no Verão passado, o Projecto de Cidadania apresentou na Assembleia Municipal de Rio Maior um requerimento chamando a atenção para o problema da falta de água na freguesia de Vila da Marmeleira.

2 comentários:

  1. ter água de qualidade a preço baixo é um direito dos cidadãos. Será que toda esta questão da água da Vilam da Marmeleira e de outras freguesias não é a preparação para haver desculpa de entregar aos privados a distribuição?

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  2. A privatização é um objectivo de toda a direita, ainda não foi concretizada devido a alguma resistência, mas a degradação dos serviços prestados pelas câmaras e serviços municipalizados, fazem parte dessa estratégia, isto é, é necessário ter a opinião pública contra os serviços públicos para assim quebrar a resistência.
    O problema com que as pessoas vivem no seu dia-a-dia, na Vila de Marmeleira, é um atentado aos mais elementares direitos humanos.
    A água não tem pressão suficiente para garantir água em condições para, por exemplo, poder ter água quente em casa. Devido à falta de pressão e às sistemáticas roturas, a falta de água é constante, ainda que não tenha hora marcada.
    A infra-estrutura existente, com quase quarenta anos de vida, é de fibrocimento, produto formado de fibras de amianto e cimento, este é um atentado á saúde pública e por isso mesmo, proibido por lei. Os edifícios públicos, escolas, faculdades, tribunais, etc., em que este material existia, foi substituído, não existe nenhum argumento que justifique manter estas canalizações.
    O sempre e já gasto, falta de verba, não é admissível quando o que está em causa é, não só direitos básicos, como a saúde das pessoas. Quando o dinheiro é escasso os órgãos representativos tem a obrigação de definir como prioritário as questões que dizem respeito às pessoas, para mais tratando-se de questões básicas, mas essenciais à vida.

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