sábado, 9 de outubro de 2010

Maré negra no Rio Maior

Noticia o jornal "O Mirante" que corre no Rio Maior "água negra e pestilenta, densa e opaca". Segundo este jornal, "junto à fábrica de tomate a água corre castanha – e basta subir uma centena de metros a montante para a água parecer cristalina quando comparada com a que corre mais a jusante" facto que "as populações" atribuem "ao funcionamento da fábrica de tomate em S. João da Ribeira, concelho de Rio Maior, mas também às pecuárias que, ao longo do curso de água, lançam os seus efluentes directamente para o rio."

1 comentário:

  1. Uma das permissas, é o que está plasmado na Constituição (Lei Fundamental da República), a que os poderes públicos estão obrigados - é seu dever e direito- é garantir e fazer cumprir as leis, regulamentos e normas a todos os intervenientes na sociedade sejam pessoas singulares ou colectivas, isto é, cidadãos ou empresas, grosso modo.
    Os poderes públicos estão a cumprir com as suas obrigações? Vejamos:
    perante situações que se arrastam à decadas: como as descargas das suiniculturas directamente para os cursos de água, inclusive o rio Maior;
    com sistemas de lagunagem sem estarem impermeabilizadas;
    sem licença de descarga de águas residuais válida, etc..
    A resposta da Administração da Região Hidrográfica do Tejo é :"... a ARH do Tejo tem em curso uma avaliação das condicionantes hidrogeológicas dos locais e das águas subterrâneas a fim de se concluir acerca da necessidade de intervenção na impermeabilização das lagoas."
    Sobre a água castanha que corre no rio junto à fábrica de tomate. "A ARH do Tejo (...) garante que a fábrica Tomatagro, (...), possui estação de tratamento de efluentes que funciona (...)". Se a estação funciona-se a água não corria castanha.
    Quanto a todas as malfeitorias perpetradas pela Tomatagro, suiniculturas e quaisquer outras entidades que destróem os escassos recursos naturais.
    A ARH conclui que: feitas as análises à água em três pontos do rio Maior a poluição registada tem influência na qualidade da água do Tejo, (...) mas não é determinante face ao volume de água envolvida.
    Como fica patente nestes exemplos estamos perante um Estado, central, regional e local que não cumpre as mais elementares obrigações a que está sujeito como seja cumprir e fazer cumprir a Lei.
    Daqui devemos realçar que essa permeabilidade e conluio das entidades oficiais não se verifica quando se trata de uma pessoa singular ou de associações populares.
    Todos nos lembramos das egixências a que, todas as pessoas que pretendiam criar um porco, estavam sujeitas, como por exemplo: a obrigatoridade de ter uma fossa céptica tapada, não podia ser a céu aberto, etc....
    Não podemos ficar indiferentes, temos que assumir as nossas responsabilidades, que nos advém da cidadania, exigindo aos eleitos que assumam as responsabilidades de que foram incumbidos.
    António Costa

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